terça-feira, 11 de novembro de 2008


Reuven Feuerstein é hoje destacado psicólogo e psicopedagogo da Educação. Nasceu na Romênia, em 1921. Desde jovem se dedica a Educação. Durante sua graduação, trabalhou com Jung, Carl Jaspers e André Rey e integrou a equipe de Jean Piaget. Em 1952, graduou-se em Psicologia pela Universidade de Genebra, sob a direção de Jean Piaget. Doutorou-se, em 1970, em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Sorbone. Foi chamado pela Agência judia para estudar os problemas de crianças do Norte da África (Egito, Argélia, Marrocos e Tunísia) que deveriam transladar-se para Israel. Para avaliar esses jovens ele levou consigo a crença de resgatar a dignidade das crianças e adolescentes órfãos , vítimas do holocausto.
Iniciou o estudo dos problemas dessas crianças e a busca de meios para sua melhor adaptação e desenvolvimento nas escolas de Israel. Dessa experiência elaborou sua Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural (MCE); método psicopedagógico - Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM); um programa de desenvolvimento cognitivo - Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) e o modelo de Psicodiagnóstico - Avaliação Dinâmica do Potencial de Aprendizagem (LPAD). Abriu o “Hadassah WIZO Canada Research Institute”, ao qual, no ano de 1993, agregou o ICELP (Centro Internacional para o Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem, que atende jovens com distintos problemas de desenvolvimento) para incorporar 16 instituições que investigam outros problemas relacionados com a Educação. Recentemente foi-lhe outorgado o título: “Cidadão ilustre de Jerusalém”. Recebeu da França a ordem das “Palmas Acadêmicas”.
Experiência de Aprendizagem Mediada - Método psicopedagógico A metodologia da Mediação é um estilo de interação educativa, orientado por uma série de crenças e princípios antropológicos e psicopedagógicos. É um conceito social porque implica transmissão de cultura, códigos, valores e normas. Tem dimensão educativa porque atua com a intenção de intervir sobre as competências cognitivas dos alunos. Porém, vai mais adiante do que uma simples interação, visando atingir o reencontro, a confiança de aceitação e a implicação em um processo transformador, modificador e construtor da pessoa. Ocorre com a reciprocidade do homem para o homem. É mediação cognitiva porque deve ser consciente, significativa, recíproca, intencional e transcendente.
A metodologia requer a presença de uma pessoa que se sinta mais preparada e com mais experiência sobre a aprendizagem proposta. Neste contexto, essa pessoa é chamada de Mediador. A seguir descrição do papel do medidor frente à aprendizagem:
Organizador das atividades.
Reestrutura processos de aprendizagem e faz uso de estratégias.
Adota estilo questionador.


O maior desafio é o de descobrir os processos de pensamento que seus alunos realizam espontaneamente; diante desse conhecimento, criará situações para estar ativando e otimizando as estruturas cognitivas.
Elabora e apresenta os conteúdos através de diversas modalidades: verbal, escrita, pictórica, simbólica, esquemática e gráfica.
Promove a transcendência e a aplicação da aprendizagem a outros contextos.
O seu método potencializa o mediador para, intervir ativamente no processo de aprendizagem do sujeito; para tal, faz-se necessário entender como as informações são captadas, elaboradas e operacionalizadas na mente. A metodologia da mediação promove o desenvolvimento dos processos mentais, visando uma aprendizagem significativa.
Na visão de Feuerstein, a emoção e a cognição fazem parte da mesma moeda transparente; se olharmos do lado da cognição, veremos o reflexo do emocional e vice-versa.


"O educador é peça-chave. Ele transmitirá os valores, as motivações, as estratégias. Ajudará a interpretar a vida. Nós, educadores, estamos mais em jogo do que a criança e jovens. Se não formos capazes de ensinar, será impossível aprender”. FEUERSTEIN, 1994.